Há cerca de três anos Rick Bonadio tem investido no segmento
infanto-juvenil. Em 2009, ele fechou parceria com a Revista Capricho, da
editora Abril. Desde então, todo talento musical que desponta nos
concursos culturais realizados pela publicação passaram a
ser empresariados e produzidos por Bonadio.
A primeira artista dessa leva foi Manu Gavassi. “Com menos de dois anos de divulgação, o trabalho da cantora alcançou um relevante nível de popularidade e ela já lota casas do porte do Via Funchal”, ressalta Bonadio, que contratou o cantor teen Bruno Anacleto por intermédio do mesmo processo.
A primeira artista dessa leva foi Manu Gavassi. “Com menos de dois anos de divulgação, o trabalho da cantora alcançou um relevante nível de popularidade e ela já lota casas do porte do Via Funchal”, ressalta Bonadio, que contratou o cantor teen Bruno Anacleto por intermédio do mesmo processo.
Segundo Rick, o sucesso de Manu está relacionado com seu talento
artístico multifacetado. Além de cantora, essa jovem de 19 anos compõe,
dança e interpreta como uma artista experiente. “Ela é completa. Está
exatamente no nível dos astros internacionais”, compara Bonadio.
Apesar de jovem, Manu se envolve com música desde a infância. Foi
nesse período da vida que ela aprendeu a tocar violão com seu pai. E,
ouvindo ídolos da música pop norte-americana, como Taylor Swift, ela
começou a compor. “Sempre fiz isso apenas com acordes básicos. Quando
meu pai ouviu uma das minhas composições, me encorajou a gravar em
estúdio e enviar CDs demos para as gravadoras”, recorda.
À época, ainda com 13 anos, Manu logo entrou em contato com Rick
Bonadio. O produtor gostou do que ouviu, mas resolveu esperar um pouco
mais para investir na garota. “Ele considerava que eu ainda era muito
nova e precisava amadurecer pessoal e profissionalmente antes de iniciar
uma carreira”, conta.
Nesse ínterim, Manu continuou a compor e a fazer versões. Algumas
dessas músicas ela gravava em estúdio e outras, postava no site da
Capricho, no qual acabou fazendo certo sucesso. Os leitores da
publicação encorajaram Manu a continuar a compor e a lançar coisas
novas. “De imediato, o pessoal se identificou com minhas letras. Às
vezes, o jovem sente falta de artistas que falem sobre experiências
parecidas com as dele”, completa.
Isso aconteceu em 2009, mesmo ano em que Bonadio resolveu finalmente
abrir as portas da gravadora Midas para a cantora. O primeiro disco
gravado pela parceria emplacou sucessos como “Planos Impossíveis” e
“Garoto Errado“. A seguir, a cantora comenta o sucesso atingido até o
momento e os preparativos para o lançamento do segundo CD. (Por Helder
Maldonado)
Visto Livre: Como você percebeu que gostaria de se transformar em cantora?
Manu Gavassi: Sempre gostei muito de música. Meu pai
tem o hobby de tocar violão. Ele trabalhou em rádio, já teve bandas. Na
minha casa, sempre tivemos muitos discos e o rádio estava sempre
ligado. Com 13 anos, meu pai me ensinou a tocar. Com o básico que
aprendi, comecei a compor. Um dia, meu pai ouviu canções de minha
autoria e adorou. Mas opinião de pai não conta. Então fui mostrar a
música para a minha irmã, que é minha melhor amiga e também super
sincera. Ela adorou e me apoiou a continuar compondo. A partir daí,
comecei a me aprimorar, fazendo aulas de canto e violão. Depois, gravei
umas demos e passei a levar mais a sério.
Visto Livre: Como as pessoas te descobriram?
Manu Gavassi: Quando coloquei um cover de uma música
da Taylor Swift no YouTube. Não tinha pretensão alguma. Tanto que
captei o áudio e as imagens na casa do meu pai, de maneira amadora.
Mesmo assim, postei no site da Capricho, que bomba entre os
adolescentes. E deu super certo. Consegui muitos comentários e
visualizações. As pessoas começaram a pedir que eu postasse músicas
próprias e se identificaram com as minhas letras.
Visto Livre: É verdade que desde mais nova você sempre quis produzir um disco com o Rick Bonadio?
Manu Gavassi: Sim. Meu pai até brincava, dizendo que
ele era meio inacessível. Mas foi o primeiro produtor que recebeu meu
material. Da primeira vez que enviei uma demo, ele disse que eu era
muito novinha, que precisava amadurecer um pouco mais. Dois anos depois,
quando tinha 16, ele viu um vídeo meu no Youtube e entrou em contato
novamente comigo. Foi então que resolvemos assinar contrato e gravar o
primeiro CD.
Visto Livre: É difícil ser uma representante do pop no Brasil?
Manu Gavassi: É. Público tem, mas falta espaço no
mercado para o pop. Faço shows de rádio, promocionais e participo de
festivais com outras bandas. Ainda não entrei no circuito de feiras e
rodeios, mas é possível explorar isso no futuro.
Visto Livre: Como andam os preparativos para a gravação do segundo disco?
Manu Gavassi: Estou fechando repertório do segundo
disco. Vou lançar três singles antes pelo iTunes Store. Depois, no
segundo semestre, será lançado o CD em formato físico. Será um projeto
mais maduro e com letras que refletem esse momento de crescimento
pessoal. Mas a abordagem lírica não será drástica, será sutil. Não vou
chocar ninguém, mas minhas fãs vão perceber através das letras que
estamos crescendo juntas. O público se identificará. No final de abril
sai a primeira das três novas músicas. Escolheremos uma dessas três como
single.
Visto Livre: Quais são suas maiores influências?
Manu Gavassi: Ouço muita música americana, mas muita coisa diferente. O que me comove mais é parte lírica, não a sonora.
Visto Livre: Você que cria os produtos da sua loja virtual?
Manu Gavassi: Minhas fãs mandam frases para criar
camisetas. Como quero que os fãs gostem, sempre consulto eles. E também
dou meus palpites no design e material dos produtos. Em breve, quero
lançar uma linha de roupas com a minha cara. Também quero cursar uma
universidade de moda. Mas a linha de roupas sai antes. É provável que
nesse ano mesmo.
Visto Livre: Você também se envolve com muitos garotos errados?
Manu Gavassi: Sempre temos tendência a gostar de
meninos que não são ideais. Por isso as meninas se identificaram com a
letra de Garoto Errado. Há várias situações em que gostamos desses
meninos errados.